Na publicação anterior
falamos sobre a intenção do Governo Federal de suprir a assistência médica em
algumas regiões do Brasil através do aumento do número de vagas nas escolas
médicas e abertura de novas escolas.   
A outra maneira que o
Governo Federal tem buscado para resolver a carência de médicos nas regiões
desprovidas é através de uma solução ainda mais inusitada; que é trazendo
médicos formados no exterior (brasileiros e estrangeiros) — leia-se Bolívia, Colômbia,
Argentina, Cuba, Venezuela, Chile e outros. Entende o governo brasileiro que
estes profissionais devem ter revalidação automática de seus diplomas. 
Qualquer assessor deste
governo e qualquer parlamentar sabe (se não sabem, deveriam saber) que a
formação desses profissionais é diferente da nossa. A grade curricular além de
ter diferenças no conteúdo é diferente na carga horária. A maioria dessas
escolas médicas forma seus profissionais em quatro anos, por conseguinte, com
qualificação inferior a nossa. E olha que muitas das nossas escolas médicas, não
estão lá essas coisas.
Dessa maneira o governo comete
duas injustiça: Uma é com o estudante de medicina formado no Brasil, que
enfrenta um vestibular difícil e concorrido (nos países citados não há a
exigência do vestibular) e seis anos de faculdade para receber o diploma e sua
carteira de médico. A segunda é que com a revalidação automática dos diplomas o
governo deixa de avaliar a qualificação desses profissionais, correndo grande
risco de ofertar uma  assistência médica
de baixa qualidade. Ou seja, pra quem cuida da sua saúde no Hospital Sírio
Libanês e/ou Hospital Albert Einstein, não faz a menor diferença que a
população carente da Amazônia e do Nordeste brasileiro seja assistida por
profissionais com formação inadequada.
Deixo para reflexão a
seguinte pergunta: Se querem trazer médicos formados no exterior para suprir
nossas áreas de  difícil provimento, por
que não buscar na Europa, Estados Unidos e Canadá?
Aguardem a próxima
publicação: SOBRE SAÚDE PÚBLICA — 5ª
PARTE.  
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